A eliminação na Libertadores, dentro do Beira-Rio, contra o Peñarol, pegou de surpresa até o mais pessimista dos Colorados. Ninguém sequer imaginava o pior, que viria a ocorrer em um apagão de 5 minutos, configurando-se no segundo fracasso em seis meses.
Em cinco minutos, foram duas falhas defensivas, levando para o ralo o planejamento(?) da temporada, pois a Libertadores era a competição mais importante do ano. Planejamento este que mostrou-se falho com a continuidade de Roth no início da temporada, determinando uma perda de três meses para o Inter.
De um fracasso até o outro, trocou-se a direção, a equipe estratégica, o treinador, a preparação de goleiros, porém um aspecto ficou praticamente intacto: o grupo de jogadores. Vieram alguns reforços como Bolatti e Cavenaghi, porém alguns jogadores com ciclo encerrado no clube continuaram, não correspondendo por já estarem envelhecidos ou por não terem mais o que contribuir, além de interferirem negativamente no grupo.
Uma limpa no grupo é necessária, para reciclar os jogadores e diminuir a onerosa folha de pagamento. Jogadores como Nei, Índio, Bolívar, Rodrigo, Guiñazu, Mathias, Zé Roberto e Rafael Sóbis não tem mais o que contribuir ao Inter. Também liberaria Tinga e D’Alessandro se viesse alguma proposta, montando uma nova base para o Brasileirão. É evidente que um time novo precisaria ser contratado, como forma de qualificar o grupo, necessitando de jogadores em todas as posições.
Porém renovar o grupo ainda é muito superficial, e é necessária uma reflexão para se chegar à raiz do problema, pois torcida e opinião pública têm-se a priorizar em relação a um ou outro aspecto, com a origem do problema estando em um nível mais abstrato do que simplesmente uma troca diretiva, de técnico ou de grupo.
Há algum equivoco critico, que acaba supervalorizando o Inter, e elevando-o a um clube superior aos outros e invencível dentro de campo. Isto se vê dentro das quatro linhas com a apatia dos jogadores, que não “suam a camisa” e aparentam não estar importando- se com o resultado de campo.
O Internacional é um clube de origem popular, que tem a humildade como essência. Desde a conquista da Libertadores e do Mundial, essa essência parece ter sido quebrada ou relegada, descaracterizando o Internacional de acordo com seus princípios. Uma correção de rumo faz-se necessária, para que o clube saiba o motivo de tantas conquistas seguida de tantos fracassos.
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