segunda-feira, 30 de maio de 2011

Inter versão 2011 desce ladeira abaixo

Grupo insuficiente e treinador inexperiente: estes são as principais explicações da mídia e torcida para a má fase do Inter. 90% da responsabilidade estão sendo jogados diretamente na conta de Paulo Roberto Falcão, que assumiu há pouco mais de 40 dias o comando técnico do Internacional.

Os outros 10% recaem sobre o grupo, que consome cerca de 6,5 milhões mensais na folha de pagamento, na que talvez seja a maior folha do futebol brasileiro, superior a do Flamengo com Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves, do Fluminense com Fred, Deco e Conca e até do Santos com Neymar, Ganso e Elano.

É muito dinheiro para pouca qualidade, e o pior, o pouco que ainda resta, está em grande parte envelhecido e fica atrelado à história do clube, permanecendo de forma intocável, mesmo consumindo grandes recursos da instituição.

Ao todo, o Internacional tem 11 jogadores trintões no grupo, o que é um numero demasiado para um elenco de cerca de 25 a 28 jogadores aproveitáveis. Destes 11, pelo menos nove jogam em praticamente todas as partidas, seja começando ou entrando ao decorrer do jogo, o que faz a média de idade do time titular aumentar demasiadamente.

O Inter carece de um rejuvenescimento urgente em seu elenco, de forma que os “medalhões” do clube sejam substituídos por novos valores e dispostos a mostrar serviço. É hora de rever conceitos, reestruturar as categorias de base que ultimamente não tem revelado jogadores de qualidade, enquanto reforços tem que ser contratados com pontualidade e sem apostas.

Em relação a Falcão, considero-lhe uma vitima de um projeto institucional muito mal elaborado, com os resultados caindo sob seus ombros. O Internacional está previsível, como também fora com Roth. São derrotas e vexames em casa e fora nestes últimos 12 meses, com todo o credito formado pelos 4 jogos finais da Libertadores e da epopeia que fora o Gauchão, contra o mediano Grêmio.

Falcão é culpado por não consolidar um esquema tático com as suas variações definidas, porém isso poderia ser previsível tamanha sua inexperiência em vestiário. Perdeu a mão quando abriu mão de seu esquema 4-4-2 em linhas verticais, utilizando-se desde então de praticamente uma formação nova por jogo, porém sempre com os mesmos jogadores, que apresentam o mesmo problema de lentidão na saída de bola e falta de criatividade na ligação ofensiva.

Portanto, não adiantará novo treinador e novo esquema, enquanto os mesmos jogadores que fracassaram no Mundial 2010 e na Libertadores 2011, e que a esta altura estão entrando na terceira idade do futebol, continuarem jogando em número absoluto no time principal, deixando a média de idade lá em cima, enquanto a eficiência do futebol fica lá embaixo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário