O alemão Sebastian Vettel conquistou a sua segunda vitória na temporada, mais uma vez de ponta-a-ponta, fazendo-lhe disparar no mundial de pilotos. Desta vez, na Malásia, a vantagem para a McLaren não foi grande a nível de desempenho, porém nem Hamilton e nem Button tiveram carro para chegar em Vettel.
O grande questionamento sobre a corrida era quando iria chover, pois a meteorologia dava como certa uma relevante quantidade de chuva em meio à prova. A chuva até veio, porém em pouca quantidade, não necessitando nenhum pitstop para colocação de compostos intermediários. Então a preocupação ficou por conta do desgaste dos pneus, sendo este um fator determinante da corrida e que trouxe algum tipo de emoção na prova, em relação às estratégias de cada um.
A corrida em si foi chata, pois não teve alternativas na pista. Na largada, Vettel manteve a ponta, e Hamilton que tentou lhe ultrapassar acabou sendo ultrapassado por Heifeld, que ganhou quatro posições na largada e apareceu em segundo, a frente das McLarens de Hamilton e Button. O outro Renault de Petrov também teve uma ótima largada, ganhando três posições e indo para o quinto lugar, logo a frente de Massa, que ganhou a posição de Alonso. Quem sobrou neste bolo inicial foi Webber, que perdeu muitas posições e viria a aparecer em décimo e que também seria o primeiro a parar nos boxes na volta 11.
Os ponteiros parariam a partir da volta 14, quando havia começado os gotejos de chuva, porém em pouca quantidade, não se intensificando e cessando algumas voltas depois. O segundo round foi a partir da volta 23, com a maioria dos pilotos ponteiros optando novamente pelo macio, apenas com Hamilton arriscando nos duros para fazer uma perna mais longa e tentar ganhar a posição de Vettel, que naquela altura estava cerca de 5 segundos na frente. Se por um lado os compostos duros não perdiam muito tempo de volta em relação aos macios, por outro não duraram como o esperado, deixando o inglês na mão. Além de lhe custar a briga pela vitória, Hamilton teve que parar mais duas vezes, terminando em sétimo.
Outro que fez quatro paradas foi Webber, e a estratégia de colocar pneus macios nas últimas voltas lhe rendeu o quarto lugar, ficando a pouco mais de um segundo de Heifeld, este terceiro colocado, fruto de uma corrida regular e uma boa estratégia. Já seu companheiro não teve a mesma sorte, pois a estratégia de duas paradas não funcionou, e quando já não havia mais pneus, acabou saindo da pista e quebrado a coluna de direção, escapando de uma tragédia.
As Ferraris seguem em ritmo inconstante, hoje com uma ótima segunda perna, porém com queda de rendimento do meio para o fim da prova, vindo a se recuperar apenas na última perna. Alonso tentou passar Hamilton de qualquer jeito, avariando a sua asa dianteira e tendo que parar nos boxes já nas voltas finais, terminando em sexto e colado a seu companheiro, o brasileiro Felipe Massa, que mais uma vez fez uma corrida discreta e nunca brigou pelas primeiras posições.
O outro brasileiro, Rubens Barrichello, não teve o mínimo de competitividade, tendo que ir aos boxes por um pneu furado devido a um toque na largada, e depois abandonando por problemas no carro. A Williams ainda apresenta problemas de confiabilidade, além de ter tido um desempenho muito aquém do esperado durante todo o fim de semana na Malásia.
Para finalizar o post, mais uma vez faço referência à monotonia da corrida, que só proporcionou ultrapassagens quando a diferença de desempenho dos carros era muito grande, deixando por enquanto a utilização da Asa traseira flexível como uma decepção. Só não considero um fracasso, pois a mesma ainda tem a utilidade de proporcionar ultrapassagens nestas condições, o que já é alguma coisa perto do que vimos na temporada passada. Porém em carros com semelhantes condições, o equipamento não funciona, pois pode ser neutralizado com o uso do KERS. Creio que suas especificações de utilização tenham que ser reduzidas, de forma que possa haver um maior tempo de utilização por volta ou um aumento do ângulo, para que tenha um melhor resultado.
Vettel dispara na pontuação, pois a RBR tem o melhor carro. Na Malásia não mostrou ser absurdamente superior, pois a McLaren até conseguiu acompanhar, porém tem um carro mais equilibrado e que mesmo sem a utilização do KERS é levemente mais rápido que a McLaren, além de não desgastar tanto os pneus. Com KERS, aí o domínio da RBR poderá ser muito grande, criando alguns anos-luz de distância para as demais.
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