Olhei a pouco o confronto entre Real Madrid e Barcelona pela 32ª Rodada do Campeonato Espanhol. Dos quatro derbis - em pouco mais de quinze dias - era o menos importante, em virtude da liga espanhola estar praticamente definida pró-Barcelona. Porém o jogo serviu muito para que fosse visualizada a estratégia de Mourinho para tentar parar a maquina de jogar bola chamada Barcelona. E gostei do que vi.
Mourinho pensou em primeiro neutralizar a ofensividade dos catalães para que em uma jogada pelo flanco ou em um contra-ataque pudesse matar a partida a seu favor. Em função disso, o treinador português poupou Özil para colocar Albiol, porém sem utilizar-se dos três zagueiros, e sim deslocando Pepe para a cabeça da área para cuidar quase que exclusivamente de Messi no que seria um esquema com três volantes 4-3-2-1. O argentino é o responsável pela maior parte das jogadas do Barcelona, seja com a bola ou com a sua movimentação abrindo espaços para a infiltração de outros jogadores.
A tática deu certo, com o Barcelona pouco atacando. As maiores chances foram nas escapadas de Messi da marcação cerrada de Pepe, que originava conclusões do próprio argentino ou abria espaços para a infiltração de outros jogadores, como de Villa que fora derrubado por Casillas dentro da área, em uma falta não assinalada pelo árbitro. O Real chegava pouco, obtendo lances perigosos em lances de bola parada, com Cristiano Ronaldo tendo a principal chance da primeira etapa, além de colocar uma bola na trave no principio da segunda etapa.
A conotação do jogo durou até os 6 minutos, quando Albiol fez pênalti em David Villa e foi expulso pelo árbitro Muñíz Fernández, com Messi convertendo a penalidade. A inferioridade numérica destruiu o sistema de Mourinho, que viu o Barcelona crescer no jogo e ter seu período de domínio, que não se converteu em mais gols porque a equipe catalã cozinhava o jogo a banho-maria. Para coroar a tática de Mourinho, a equipe merengue viria a empatar a partida aos 36 minutos, em um pênalti discutível de Daniel Alves em Marcelo, bem convertido por Cristiano Ronaldo. Este lance, na minha concepção, foi menos pênalti que o de Villa não assinalado pelo árbitro, porém o empate ficou de bom tamanho para as duas equipes.
Na próxima quarta-feira, o segundo clássico, desta vez valendo o titulo da Copa do Rei.
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