quarta-feira, 6 de abril de 2011

Roth tem Rothices e Inter faz fiasco no México

Em um jogo que seria para o Colorado confirmar a classificação para a Libertadores e encaminhar-se como um dos primeiros lugares gerais da Libertadores, o Inter fez fiasco e voltará à Porto Alegre cheio de críticas, indefinições e com a sua condição na competição complicada. Mais uma vez, Roth inventa, e com uma jornada absolutamente infeliz, acabou penalizando o Inter no jogo e na competição.

O treinador Colorado confirmou a expectativa do treino da utilização de três meias e dois volantes, no esquema 4-2-3-1. Porém ao contrário do que se imaginava, o treinador colocou Zé Roberto pela direita mais avançado como um pseudo-atacante e Oscar pela esquerda, em uma tática já utilizada anteriormente e com resultado pífio, tanto que o treinador reverteu a “invenção mascarada em estratégia” aos 25 minutos.

Neste tempo, o Internacional controlava bem o jogo, visivelmente se poupando em função do alto calor da cidade de Tuxtla Gutiérrez. Foram poucas as investidas do Inter, tanto que o Jaguares, que teve um principio conservador, se animou, e passou a atacar mais ao fim do primeiro tempo, tendo as melhores chances do jogo em uma finalização de Torres nas mãos de Lauro e a principal, com Andrade recebendo na entrada da área, girando e acertando o travessão do goleiro Colorado. Pelo lado do Inter, apenas uma finalização de Damião fraca e nas mãos do goleiro.

E não é que a Lei de Murphy que foi implacável com o Tottenham e Internazionale na Champions League volta a toda com o Inter? Para não precisar ficar vasculhando posts vou reprisá-la: “Nada é tão ruim que não possa piorar”. E piorou, com o Inter sendo envolvido pelo glorioso Jaguares. Logo a um minuto, Andrade errou a cabeçada quando estava livre, porém aos 10 minutos saiu o gol dos mexicanos, com Salazar recebendo um cruzamento rasteiro, e com Índio lhe dando toda a liberdade possível, teve toda a calma para girar e concluir no canto esquerdo de Lauro.

O gol acordou Roth, que colocou Sóbis em campo. Tirou Oscar, que não estava bem, porém Zé Roberto também não estava bem e um pelo outro sou mais Oscar, que em uma jogada poderia desiquilibrar ao contrário do segundo, que precisa receber dez passes para dar continuidade em duas jogadas.

A entrada de Sóbis de nada adiantou, e precisou Guiñazu roubar uma bola da defesa mexicana para aos 14 minutos proporcionar a mais perigosa chance de gol do Inter até então, obrigando o goleiro Villaseñor a trabalhar. Depois o treinador tirou Zé Roberto e Bolatti para as entradas de Andrezinho e Mathias respectivamente. Confesso que eu, assim como ninguém com quem conversei entendeu a entrada de Mathias quando o Colorado já estava perdendo.

Andrezinho teve seu grau de contribuição, obrigando o goleiro Villaseñor a fazer duas defesas difíceis em chutes de média distancia. No mais a atuação foi de uma apatia comovente, até com Damião tendo três chances para marcar e falhando nas conclusões, enquanto lá atrás Lauro salvava o Inter, transformando-se no principal jogador Colorado do jogo. Não fosse ele, e também as falhas de conclusão mexicanas, e o Jaguares teria saído com uma goleada em solo mexicano.

Mais uma vez uma atuação pobre do Inter. Considero a pior atuação desde a derrota para o Mazembe no Mundial de Clubes da FIFA, onde nada funcionou ofensivamente e para complicar, a defesa falhou mais uma vez, com Índio tendo uma postura constrangedora no gol do Jaguares.

A derrota complica o Inter na tabela, visto que o Emelec fatalmente vencerá o Jorge Wilstermann e se juntará ao Colorado com 10 pontos, contra 9 do Jaguares. Como os mexicanos deverão vencer os bolivianos, um fracasso contra o Emelec o elimina da Libertadores na primeira fase.

Na minha visão Celso Roth não tem mais o que contribuir ao Inter, convicção desde a derrota do Internacional no mundial. Vale ressaltar que Gauchão tanto o grupo Colorado na Libertadores são de adversários super fracos, onde um mínimo de qualidade técnica já é necessário para vencer. Para se ter uma ideia, encaro o Jaguares junto ao Caxias como adversários mais fortes que o Inter enfrentou até então. Com a equipe da Serra, um empate em 3x3, enquanto com o Jaguares uma derrota constrangedora. Os mexicanos, assim como o Caxias, são inexpressivos em seus países, onde nunca conquistaram um título mexicano e ostentam a lanterna do campeonato nacional. Encarar estes tropeços no Gauchão e na Libertadores como normais é menosprezar a inteligencia da torcida Colorada e apequenar o Internacional como clube, apesar da alta folha de pagamento e da grandeza que conquistou ao longo destes últimos anos.

Pelo jeito este conjunto de más atuações não bastará para uma demissão de Roth. O treinador só deverá ser demitido em caso de perda do Gauchão e eliminação precoce da Libertadores.

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