O Grêmio foi derrotado nesta terça-feira no Olímpico, pelo primeiro duelo das oitavas de finais da Libertadores. Mal escalado, desorganizado e ainda com a cabeça fora do lugar, a equipe tornou-se inofensiva para os chilenos do Universidad Católica, que abriu o placar, levou o empate, porém aproveitou-se de todo o destempero do Grêmio para marcar o gol da vitória e administrar a vantagem.
No início, pareceria que o Grêmio dominaria a partida do inicio ao fim, pois nos dois primeiros minutos, tivera quatro escanteios a seu favor. Se tivesse aproveitado um deles, talvez tivesse mudado a história do jogo, porém ficou a mercê dela, que no fim lhe seria implacável.
O Universidad superou esta pressão inicial, passando a fazer o seu jogo, marcado pela forte marcação e pelo toque de bola. Quem imaginou que o Universidad seria aquelas íngremes equipes sul-americanas, que marcam e batem bastante, porém sem nenhuma criatividade enganou-se. A equipe chilena é técnica, e tocava a bola quando e onde queria, além de estar determinada a administrar o placar favorável.
Para completar a boa partida dos chilenos, só faltava o gol, o que aconteceria aos 28 minutos, quando Cañete puxou com velocidade uma jogada de ataque e serviu Pratto que desviou de Grohe. O gol desnorteou ainda mais o Grêmio, que havia chegado com perigo apenas uma vez em uma bola na trave de Douglas aos 10, e ficaria com dez jogadores com a expulsão infantil de Borges por agressão em Henríquez .
Como resultado, ficavam Leandro e Douglas batendo cabeça em meio à coesa defesa chilena, enquanto lá atrás estava três volantes e o lateral Gilson que não atacava, problema que só seria percebido por Renato Gaucho na segunda etapa, com a entrada de Lins no lugar de Magrão. Resolveu o problema da falta de atacantes, porém não o principal, que era fazer a bola chegar ao ataque.
Não havia ligação e o Grêmio mal conseguia adentrar na área chilena. Diante de tais dificuldades, Douglas teve a inteligência de finalizar de fora da área, acertando o ângulo de Garcés e empatando a partida. O gol deu novo ânimo ao Grêmio, que foi pra cima aos trancos e barrancos, enquanto o Universidad controlava bem o jogo, pois o empate com gols lhe interessava pelo saldo qualificado.
A equipe começou a catimbar, irritar o Grêmio, que nervoso pelo resultado adverso, caiu no jogo chileno. Para completar, o bom centroavante Pratto receberia um cruzamento açucarado de Meneses, não precisando nem impulsar-se para marcar o segundo e derradeiro gol do Universidad. O Grêmio entregou-se em campo, e o Universidad perderia já aos acréscimos uma grande chance para marcar o terceiro e liquidar o confronto.
Resultado justo pelo que as equipes mostraram na partida. O Grêmio não jogou, entrando todo desorganizado e sem alternativas de ataque. Leandro foi figura nula, enquanto Borges comprometeu o time ao ser expulso infantilmente. Renato Gaucho escalou o Grêmio com Adilson, Rochemback e William Magrão, além de Gilson, jogadores de reconhecida contenção e de fraco apoio. Só foi colocar figura criativa quando o Grêmio já estava totalmente desiludido no jogo, não obtendo nenhuma resposta.
Já o Universidad volta ao Chile virtualmente classificado para as quartas de finais. É um time rápido e técnico, que sabe cadenciar a partida e tem a paciência de atacar na hora certa. Tem em Pratto um grande centroavante das antigas, com imposição, oportunismo e posicionamento, além de ser habilidoso.
Grêmio vai ao Grenal em um mar de indefinições.
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