Qualquer adjetivo negativo poderia caracterizar a atuação do Grêmio nesta quinta-feira, no estádio Ramón Aguilera contra o já eliminado Oriente Petrolero recheado de reservas.
O Grêmio nem deveria ter viajado à Bolívia, pois nem viu a cor da bola, assistindo a um baile da não mais do que esforçada equipe boliviana, onde o principal jogador passou desapercebido no rebaixável Corinthians de 2007. Se tivesse apertado no início da partida, poderia ter voltado com uma vitória, porém não o fez, cedendo campo aos bolivianos que passaram a tomar conta da partida.
O Oriente já poderia ter saído vitorioso na primeira etapa, depois de perder inúmeras chances na confusa defesa gremista, que parecia fazer de tudo para entregar a rapadura e por pouco não fez por própria vontade, dos pés de Rafael Marques. Victor também evitou o revés ao buscar no ângulo um chute certeiro de Aguirre, além de contar com a esperada falta de pontaria, fruto da péssima qualidade do futebol boliviano que atualmente é o mais fraco da América do Sul.
Porém os alienandos do futebol que não conhecem a Bolívia e, portanto não sabem da sua nulidade em competições continentais, apontaria este time do Oriente Petrolero como um dos favoritos a abocanhar a taça, tamanha supremacia diante do Grêmio, que começara na primeira etapa e que se acentuara depois do primeiro gol, marcado por Fernández após cruzamento de Arce.
Renato Gaucho fez todas as modificações que poderia ter feito, colocando Vinicius Pacheco e Diego Clementino nos lugares de Adílson e Mário Fernandes, além da entrada de Fernando no lugar do lesionado Collaço na primeira etapa. Nada melhoraria o Grêmio, e a cada mudança tática ou técnica, parecia que o futebol do Grêmio regredia ainda mais, gerando os primeiros gritos de olé no estádio boliviano.
As emoções continuaram, com Saucedo recebendo mais uma grande assistência de Arce e encobrindo Victor com um toque sutil para marcar o segundo, e logo depois, Arce fez o seu para coroar a sua noite iluminada e transformar o placar em goleada, humilhando ainda mais a vexatória jornada do Grêmio, que ainda veria Rodolfo entrar na maldade em Melean e ser expulso, desfalcando a equipe no primeiro jogo das oitavas de final. Para não dizer que do lado do Grêmio não ocorreu nada, tivemos uma bola na trave de Borges quando o jogo já estava 2x0 para o Oriente, além de duas risíveis pisadas na bola de Escudero.
Três gols tomados, fora várias chances perdidas; olé do torcedor boliviano; expulsão do melhor zagueiro em jogada infantil; defesa furada que nem uma peneira e nenhum outro setor funcionando. Esse é o saldo que o Grêmio traz de volta ao Brasil, retirando suspiros de inconformidade de sua torcida. O Grêmio acordou seu torcedor, não contra uma equipe forte, porém contra uma das mais fracas da competição.
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