Nesta quinta-feira, o Grêmio fez mais um jogo pragmático, tendo dificuldades contra o esquema do Léon de Huanuco, porém conseguiu vencer o adversário peruano em dois lances de bola parada e agora é líder de sua chave.
Ainda sem Lúcio, machucado, Renato Gaúcho escalou o seu 12º titular Adilson no meio, mantendo seu esquema tradicional de losango. A equipe peruana parecia uma cópia defensiva do Oriente Petrolero, que trouxe enorme dificuldades na estreia gremista na Libertadores. Com quatro defensores altos, compactando o espaço com o meio-campo, composto por 5 jogadores e tendo apenas Vigil no ataque, ao contrário do Oriente que jogava em um 4-4-2 clássico inglês.
A variação com um meio ainda mais povoado que a equipe boliviana trouxe as mesmas dificuldades para o Grêmio, que sem um atacante veloz, não conseguia passar pelo ferrolho defensivo e não conseguia finalizações. O Léon explorava os contra-ataques, e teve com Orejuela a sua grande chance do primeiro tempo, recebendo livre, mas com Victor fechando os espaços e conseguindo abafar. O Grêmio até então se limitava a alçar bolas na área, sem perigo contra a alta defesa peruana.
O Léon conseguia controlar ofensivamente o Grêmio, que sem ao menos arriscar chutes de fora da área, somente através de um lance de bola parada poderia salvá-lo no primeiro tempo. E este lance ocorreu aos 41 minutos, em uma falta na intermediária direita, que Douglas levantou e André Lima desviou abrindo o placar. Uma vez aberto o placar, esperava-se que a equipe peruana se abrisse e oferecesse espaços ao Grêmio.
Tal perspectiva não ocorreu, com o Léon mantendo sua composição tática e oferecendo dificuldades ao Grêmio, que não jogava bem. Para sair outro gol, só em lance de bola parada, chute de fora da área ou erro do juiz. Aos 9 minutos, lançamento para a área peruana e André Lima cai, supostamente segurado por um defensor peruano. Eu vi e revi os replays e não me convenci que aconteceu alguma coisa. É o típico de lance que é só marcado no Brasil e que na América Latina e na Europa o arbitro manda seguir. Borges, que não tinha nada a ver com isso, bateu com categoria para marcar o segundo gol gremista.
A partir daí o jogo seguiu enrolado, com o Grêmio errando muitos passes e chegando pouco. Deu tempo de Gilson escapar pela esquerda e cruzar, com a bola encobrindo o goleiro Flores e sobrando pra André Lima, livre, escorar para fora. O Grêmio chegaria apenas mais uma vez, com Collaço já nos acréscimos chutando cruzado perto do gol. O Léon, apesar de suas limitações técnicas, chegou algumas vezes, obrigando Victor fazer uma grande defesa em cabeçada de Zegarra aos 19 minutos.
Vitória gremista com gols de bola parada, fundamento importante no equilibrado futebol atual. Mais uma vez atuação abaixo da média da equipe, sobretudo do meio-campo. Carlos Alberto não se achou no esquema, sendo deslocado pra esquerda e para a direita do losango e sem corresponder, parecendo uma barata tonta sem saber o que fazer em campo. Mais uma vez viu-se a necessidade de um atacante rápido para quebrar o esquema peruano, que foi parecido com o que o Oriente Petrolero já havia apresentado no Olímpico. Como o adversário não tinha poder de fogo, o Grêmio acabou garantindo os três pontos que serão importantes para definir o chaveamento para a próxima fase, porém sem convencer o torcedor ainda.
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