Problemas técnicos me impediram de postar antes o tópico sobre o Grêmio. Já estava em fase final de elaboração do post, quando deu um problema no computador, e como sou desprevenido, acabei perdendo as informações. Mas indo ao que interessa, o Grêmio encaminhou a sua classificação para a próxima fase no jogo de hoje diante do Léon, no Peru.
Afirmo isso, pois a equipe impediu que o adversário direto o alcançasse na tabela, ficando com três pontos de vantagem sobre ele nos dois jogos que ainda faltam. Porém o empate foi ruim para uma classificação como primeiro lugar, visto que o Junior tem um jogo a menos e dois pontos a mais. A equipe colombiana ainda joga hoje, em casa, contra o saco de pancadas do grupo, fatalmente chegando aos 12 pontos, matematicamente classificado e há um empate de garantir o primeiro lugar no grupo.
Mas hoje em Huanuco, no primeiro tempo as equipes fizeram tudo, menos jogar futebol. A bola foi maltratada, com poucos lances de qualidade e por consequência, chances de gols. Sem André Lima, Renato Portaluppi colocou Fernando no meio-campo, mantendo sua estrutura e deslocando Carlos Alberto para o ataque, funcionando como um homem de referência. A tática não deu certo, com o Grêmio pouco atacando, além de errar muitos passes.
O Léon tinha qualidade extremamente limitada, porém conseguia ainda chegar com perigo com as investidas pelo seu setor direito ofensivo com Orejuela, que ganhou praticamente todos os embates com o lateral gremista Gilson. Foi por este lado, que saíram as duas principais chances do Léon e do jogo. E ambas foram com Elias, que na primeira chutou por cima na entrada da área, porém na segunda, escorou um cruzamento de Ferrari, contando com a ajuda de Victor, que nem saiu e nem se posicionou para a defesa, sendo encoberto no lance.
Naquela altura, Portaluppi já havia modificado o Grêmio com a entrada de Viçosa em lugar de Fernando, o que acabou deslocando Carlos Alberto para o meio. A tática só teve eficácia na segunda etapa, quando o Grêmio passou a atacar mais e perder gols. Conseguiu empatar logo aos 9 minutos da segunda etapa, em uma grande jogada coletiva que passou por Borges, Douglas, e este lançando Carlos Alberto que limpou a zaga e chutou no canto direito de Flores.
O Grêmio passou a dominar a partida, perdendo duas chances claras de gols com Borges, que se precipitou nas conclusões quando tinha apenas o goleiro pela frente. Portaluppi colocou ainda Collaço e Diego Clementino nos lugares de Carlos Alberto e Borges, e o Grêmio tentava pressionar o Léon, e este explorava os contra-ataques. O adversário também teve algumas chances para marcar, porém pecou nas conclusões, colaborando para este empate justo pelo que as equipes mostraram na partida.
O enfrentamento contra o Caxias e as dificuldades nos jogos iniciais da Libertadores servem como alento. O Grêmio ainda não está pronto, e possui muitos defeitos que estão visíveis há tempos e que não foram sanados. Apesar do gol, Carlos Alberto ainda não correspondeu, parecendo um homem perdido e sem saber o que fazer no esquema gremista. A defesa falha constantemente, principalmente quando se tem bolas alçadas na área. Boa parte das jogadas de perigo são nas costas de Gilson, um lateral muito trivial ofensivamente, porém muito fraco defensivamente. E Victor é 8 ou 80, fazendo grandes defesas e salvando o Grêmio nos pênaltis, ou falhando no posicionamento e levando gols importantes.
Pode-se dizer que o resultado foi maior que a atuação. É incompreensível que uma equipe como o Grêmio seja pressionada na maior parte do tempo e quase perca para o Léon, que é uma equipe sem nenhum histórico na competição, além de pertencer a um país inexpressivo, que nunca ganhou um titulo sequer nas 51 edições do torneio. Respeito é sempre bom, porém quando a diferença de qualidade é absurda, não há explicações que convençam quando se tem uma postura muito conservadora. Tivesse tido maior qualidade e ousadia, e o Grêmio teria vencido a partida, além de ter seguido vivo na luta pelo primeiro lugar no grupo.
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