quarta-feira, 2 de março de 2011

Dados perdidos do Gmail dão um duro golpe no propósito da Cloud Computing

Esta semana, veio à tona a informação que o Google perdeu dados de 150mil contas do seu serviço de e-mail, chamado Gmail. Neste caso, todas as tentativas de backups espelhos da companhia espalhada pela nuvem não funcionou, deixando nas velhas fitas magnéticas a última possibilidade de recuperação destes dados, que se referem a mensagens de e-mails, configuração de contas e das pastas do serviço de e-mail dos usuários.

Logo ele, que é um dos encabeçadores da metodologia de Computação em nuvem (cloud computing), onde o armazenamento dos arquivos do usuário assim como, futuramente, a disponibilização e o processamento da maioria das aplicações, deixam a maquina do usuário e partem para um servidor, onde podem ser acessadas de qualquer lugar através dos webservices.

Fazer backup de dados em fitas magnéticas é, para quem desconhece, algo muito antigo, porém eficiente em grande parte dos casos. Por ser algo físico, e que pode ser guardado em qualquer lugar, portanto off-line, é uma forma de backup que vai de encontro à metodologia da Cloud Computing, uma vez que se é necessário fazer backup de dados de uma forma que não seja na própria nuvem, é sinal que esta ainda é ineficiente em questão de segurança de dados e não teria o porque de usá-la.

Como sou defensor desta metodologia de Cloud Computing, até fazendo especialização na área WEB, que lida diretamente com ela, fiquei preocupado com esta que talvez seja a maior tendência da TI para os próximos anos. A ideia do Google é fazer um sistema operacional que utilize a nuvem para processar e armazenar as informações dos usuários. Tal ideia é ambiciosa, pois regrediria a uma tendência superada nos anos 70, com a distribuição do processamento em microcomputadores, terminando com os chamados terminais burros, que eram ligados a um mainframe que efetuava o processamento. Só que desta vez, o servidor (neste caso uma rede de servidores chamada cluster) estará disponibilizado na web.

Creio que com tudo isso, as coisas ficarão de uma forma como já venho imaginando há tempos, isto é, com o usuário guardando as informações/arquivos inúteis ou das quais queira compartilhar na nuvem, e as úteis, em forma redundante, consigo mesmo em formato off-line. A ideia principal do Chrome OS ficará prejudicada, e creio que este ou acabe, depois de lançado, sumindo do mercado ou se adequando a realidade atual de sistemas operacionais standalone, onde o processamento as aplicações ficam na máquina do usuário.

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