terça-feira, 6 de abril de 2010

Analisador Tático: Manchester x Chelsea

Retomando os posts atrasados pelo feriadão de Pascoa, hoje quem reaparece é o Analisador Tático. O nosso “mestre” ilustrará como se comportaram Manchester United e Chelsea, em jogo que os blues venceram em pleno Old Trafford, tomando a liderança do Manchester e ganhando todo o gás necessário na reta final para a conquista de seu quarto título da Premier League.

Sem Drogba, que vem sendo poupado por estar lesionado, Ancelotti promoveu a entrada de Joe Cole no flanco direito em seu lugar, deslocando Anelka para o comando de ataque. Dependo do adversário, com estes jogadores Ancelotti pode montar três esquemas táticos diferentes, liberando um dos ponteiros, os dois ou colocando-os para compor o meio campo. Em Old Trafford, precisando do resultado, Ancelotti projetou Malouda e Joe Cole, deixando-os como atacantes efetivos nos flancos e montando o esquema com três atacantes.



Este esquema projetado, com um meio campo compacto, acabou encurralando o Manchester, que pouco conseguia produzir e restringia-se praticamente à marcação. O meio é formado por um triangulo, com Mikel mais atrás e Lampard e Deco na mesma linha, com o inglês tendo uma maior liberdade para atacar, fechando pelo meio. Os laterais Paulo Ferreira e Zhirkov apareciam mais como homens surpresas, atacando alternadamente. Tal fato fazia Valencia e Giggs fecharem o meio para marcar o avanço dos laterais do Chelsea, desarmando as possibilidades e ataque do Manchester.



Pelo lado vermelho, o esquema foi praticamente mantido em relação aos jogos anteriores. O que vi de diferente foi o deslocamento de Fletcher para a direita quando joga com Scholes como dupla de volantes. Enquanto Scholes fica mais posicionado, Fletcher tem maior liberdade para o ataque. Vi Park Ji Sung mais posicionado no meio, preocupado em marcar o avanço dos volantes do Chelsea e pouco contribuindo no ataque.

As principais oportunidades do Manchester surgiam com os avanços de Evra, e seu 2-1 com Giggs. No outro lado, com Neville jogando praticamente como um terceiro zagueiro, os “red devils” dependiam da individualidade de Valencia, que tinha que se desdobrar na direita para criar alguma coisa a favor do Manchester. Outro fato determinante para o fracasso ofensivo do Manchester foi o fato que Berbatov não é Rooney, sendo mais lento e tendo menor vigor físico. O Atacante tem como características a saída da grande área em busca do jogo, e isso acaba prejudicando o setor ofensivo quando este é o único atacante de oficio da equipe.

Melhor tecnicamente e mais bem colocado taticamente, o Chelsea acabou mostrando a sua força e conquistando a vitória. Na minha opinião, este esquema com apenas um atacante acaba apequenando o Manchester, que deveria investir forte na contratação de um segundo atacante, para fazer par com Rooney. Um ataque com Fernando Torres e Rooney seria um sonho.

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