quarta-feira, 17 de março de 2010

O Barcelona que arrasou o Stuttgart no Analisador Tático

Como disse no post da Internazionale, ainda estou aprendendo táticas individuais, portanto poderá ter algum erro de movimentação. Hoje apresento outra filosofia que é a do técnico Joseph Guardiola. Mentor de um dos times mais ofensivos vistos no futebol mundial atual, o treinador conta com praticamente quatro jogadores de frente, que se revezam na movimentação abrindo espaços e contando com o avanço de homens surpresa para deixar a equipe com difícil contenção ofensiva.

Para o jogo de volta contra o Stuttgart pela Champions League, Joseph Guardiola acabou mostrando uma inovação tática no inicio da partida, colocando um esquema que para olho nu parecia a ressurreição do 4-2-4, porém na realidade era um 4-4-2 disfarçado. Tal tática acabou dando um nó tático em Christian Gross, contribuindo para o início arrasador da equipe catalã.



Geralmente o treinador utiliza um esquema 4-3-3, com Messi na direita, Henry ou Iniesta na esquerda e Ibrahimovic centralizado. Porém para o jogo da volta, o treinador optou por deixar Ibrahimovic no banco de reservas, preferindo iniciar com Pedro. Porém o jogador não foi para a esquerda, e Henry continuou centralizado. A solução utilizada pelo treinador foi recuá-lo e deixá-lo na direita ao mesmo nível de Iniesta pela esquerda, um pouco atrás de Messi e Henry.

Com a equipe sem a bola foi visível o recuo dos dois jogadores, descaracterizando o esquema de três atacantes que é normalmente utilizado. Ficam Messi e Henry em uma posição mais adiantada, para puxar as jogadas de ataque. No momento que a equipe recupera a bola, Iniesta abre pela esquerda e Pedro pela direita, criando opções ofensivas para os atacantes. Messi acaba flutuando no ataque, e para evitar o acúmulo de jogadores na área e para criar opções aos jogadores, o argentino acaba recuando para ficar em posição de chute ou com certa liberdade para arrancar e receber um lançamento.

Com este esquema ultra ofensivo e com muita movimentação, os laterais e volantes acabam surgindo como homem surpresa nas costas da defesa e acabam tendo espaços para finalizar ou efetuar cruzamentos. A jogada foi vista geralmente com o avanço do volante Toure, responsável pelo cruzamento do segundo gol, marcado por Pedro. Daniel Alves acaba atacando mais que Maxwell, enquanto Busquets acaba guardando posição.

O esquema aberto do Barcelona e seu jogo de toque de bola neutralizou o esquema 4-4-2, com duas linhas de quatro do Stuttgart. Os defensores da equipe alemã ficavam confusos seguindo o “falso atacante” e abriam espaços para a chegada de outros jogadores que tinham todo o espaço disponível para concluir ou criar uma jogada de perigo.

Foi uma tática interessante de Guardiola, que poderá vir a ser utilizada em outros jogos da liga espanhola e da Champions League. Porém acredito que para a próxima partida o jogador volte ao seu esquema tradicional 4-3-3, com Messi, Ibrahimovic e Pedro ou Henry. Iniesta, Xavi e Toure fariam a composição do meio-campo. Não gosto de Iniesta como ponta esquerda. O jogador acaba sendo desperdiçado nesta função. Mais recuado, como neste jogo contra o Stuttgart, o jogador rendeu mais e deu maior contribuição à equipe catalã.

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