Estudiantes usa a cabeça e volta da Bolívia com empate

Em seu terceiro jogo pela fase de grupos da Taça Libertadores, o Estudiantes foi até aos 3.600 metros de La Paz e segurou o 0x0 diante do Bolívar no estádio Hernando Siles. A equipe argentina termina o primeiro turno do Grupo 3 com 4 pontos, ocupando atualmente o segundo lugar e dependendo do jogo entre Alianza Lima e Juan Aurich para definir a sua colocação na primeira fase.

Como era esperado, o jogo começou com pressão boliviana, que tentava atacar pelos flancos, abusando nos cruzamentos, tendo dificuldades de ganhar da zaga argentina, que não deixava os bolivianos penetrarem. O primeiro chute perigoso do Bolívar foi só aos 14 minutos, em chute de Charles que o goleiro Orión fez grande defesa.

O Estudiantes usava uma tática mais retraída, congestionando o meio-campo e bloqueando os espaços do Bolívar, buscando sair rapidamente ao ataque, principalmente em lançamentos para Boselli, que era o único atacante de ofício da equipe argentina. Foi do atacante a primeira chance a gol do Estudiantes aos 24 minutos, quando recebeu nas costas do zagueiro na entrada da área, ajeitou no peito e girou chutando perto do gol.

Enquanto a equipe boliviana abusava na velocidade, buscando lançamentos em profundidade nos flancos para cruzar para a área, o Estudiantes cadenciava o jogo, e com toques rápidos procurava lançar Boselli ou os meias em profundidade, porém sem criar grandes chances de gol na primeira etapa, assim como o Bolívar.

Já o segundo tempo o Bolívar começou pressionando e trazendo sustos ao goleiro Orión, com chutes à longa distancia de Ferreira e Charles, passando perto do gol argentino, e de Reyes, que o goleiro defendeu.O Estudiantes pouco atacava, e as ações ofensivas se resumiam a lançamentos para Boselli, enquanto que defensivamente, os argentinos continuavam com dificuldades, chegando a levar uma bola no travessão aos 26 minutos, após chute forte de Ferreira.

O técnico Sabella resolve mudar o Estudiantes, tentando dar um gás novo ao meio-campo, enquanto o técnico boliviano colocou mais atacantes para tentar o gol. A equipe argentina passou a cadenciar mais as jogadas, desafogando o sistema defensivo e oferecendo mais dificuldades para o Bolívar concluir. O Estudiantes passou a chegar mais, perdendo a chance de vencer a partida. Já o Bolívar conseguiu poucas vezes ganhar da defesa argentina, chegando com perigo mais duas vezes, uma em chute de Ferreira e outra em cabeceada de Anderson, que perdeu grande chance em um cruzamento, onde o goleiro Orión estava batido.

No fim prevaleceu a experiência. O Estudiantes se arriscou pouco, porém segurou a pressão boliviana e trouxe 1 ponto de La Paz, onde poucas equipes conseguem trazer e livrando-se da má impressão dos 4x1 levados no Peru, contra o Alianza Lima. Este ponto será muito importante para a colocação final do grupo, visto que a equipe argentina terá no returno dois jogos em casa.