No outro jogo do Grupo G, os Estados Unidos venceram Gana em
Natal por 2x1, com direito a um gol relâmpago de Dempsey. Os yankees largam em
vantagem como segunda força do grupo, já que precisariam em tese de um empate
contra Portugal para avançar.
Para a Copa do Brasil, Klinsmann, treinador dos EUA, efetuou
uma moderada renovação do grupo, e acabou optando por não convocar Donavan, que
era o referencial da seleção, mas que estava desfocado. Apostou em uma base experiente com Howard, Beasley,
Dempsey, outros jogadores que já tinham
bagagem na seleção, mas que são jovens como Bradley, Altidore e somou a outros
que nunca disputaram Copas do Mundo, jovens e experientes, montando um elenco
coeso e com opções, para um esquema 4-4-2, que poderia ser destrinchado em
4-1-3-2, já que Beckerman ficava mais posicionado, atrás de Bedoya, Bradley e Jones.
No ataque, tinha Altidore e Dempsey.
Ghana do treinador Appiah acabou optando por deixar Essien
no banco, juntamente com Boateng, e apostando em um esquema 4-4-2, destrinchado
em 4-4-1-1 na qual J. Ayew buscava faze companhia ao atacante Gyan, enquanto
que Atsu e A. Ayew faziam a ligação pelas pontas, como wingers. O time abusou
de jogar pela direita no primeiro tempo com o lateral Opare e o meia Atsu,
deixando a jogada manjada e tendo dificuldades nas conclusões. Melhorou no segundo, variando mais para a
esquerda com o lateral Asamoah e A. Ayew, conseguindo dominar praticamente toda
a etapa final.
No jogo, os Estados Unidos conseguiram um gol relâmpago,
fruto de um rápido tabelamento envolvendo Beasley, Jones e Dempsey, que recebeu
na entrada da área, driblou o zagueiro Boye e concluiu para abrir o placar aos
29 segundos, tornando este o gol mais rápido da Copa de 2014 e o quinto de
sempre. Gana atacava de forma desorganizada, porém teve mais posse de bola e
volume ofensivo na primeira etapa, porém teve poucas conclusões a gol em
virtude de apostar em lançamentos para Gyan, e em jogadas pela direita, onde os
EUA conseguiam neutralizar. O time americano perderia Altidore e Besler por
lesão, sendo que o segundo conseguiu ir até o fim do primeiro tempo, sendo substituído
por Brooks.
Foto: @fifaworldcup_pt |
No segundo tempo, Gana conseguiu variar o jogo, e com as
alterações do treinador, Boateng, Essien e Adomah, conseguiram fazer uma pressão
intensa na defesa dos Estados Unidos, que apresentavam cansaço físico e sequer
conseguiam atacar. Graças ao segundo tempo volumoso, Gana chegou a 20 conclusões
na partida e chegaram ao empate aos 37, quando Asamoah tabelou com A. Ayew, que
concluiu para empatar. Até então, a permanência do jogador era questionada,
tendo em vista sua baixa produção ofensiva, enquanto o treinador retirou Atsu,
que estava bem na partida, para colocar Adomah. Outro questionamento foi a utilização
de Asamoah na lateral esquerda, já que o atleta tem um passe refinado e poderia
contribuir melhor no meio-campo.
Com o 1x1, os EUA entraram em um dilema. Forçar o ataque,
mesmo fisicamente desgastado e correndo o risco de levar um contra-ataque de
Gana, ou segurar o empate. Mas foi por pouco tempo, já que poucos minutos após
o gol africano, o zagueiro Brooks marcaria de cabeça, após cobrança de
escanteio, o gol da vitória americana, que naquela altura era injusta, tendo em
vista o volume ofensivo de Gana e a quase nulidade ofensiva dos Estados Unidos
na segunda etapa.
O time americano é promissor, porém as condições físicas dos
jogadores deixam um ponto de interrogação para o futuro da campanha americana,
já que o time fará longas viagens e jogará basicamente no calor. Já Gana deve se
lamentar de ter caído em um grupo complicado, pois dificilmente conseguirá
passar para a segunda fase.
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