segunda-feira, 16 de junho de 2014

EUA vencem com dificuldades


No outro jogo do Grupo G, os Estados Unidos venceram Gana em Natal por 2x1, com direito a um gol relâmpago de Dempsey. Os yankees largam em vantagem como segunda força do grupo, já que precisariam em tese de um empate contra Portugal para avançar.

Para a Copa do Brasil, Klinsmann, treinador dos EUA, efetuou uma moderada renovação do grupo, e acabou optando por não convocar Donavan, que era o referencial da seleção, mas que estava desfocado.  Apostou em uma base experiente com Howard, Beasley, Dempsey,  outros jogadores que já tinham bagagem na seleção, mas que são jovens como Bradley, Altidore e somou a outros que nunca disputaram Copas do Mundo, jovens e experientes, montando um elenco coeso e com opções, para um esquema 4-4-2, que poderia ser destrinchado em 4-1-3-2, já que Beckerman ficava mais posicionado, atrás de Bedoya, Bradley e Jones.  No ataque, tinha Altidore e Dempsey.

Ghana do treinador Appiah acabou optando por deixar Essien no banco, juntamente com Boateng, e apostando em um esquema 4-4-2, destrinchado em 4-4-1-1 na qual J. Ayew buscava faze companhia ao atacante Gyan, enquanto que Atsu e A. Ayew faziam a ligação pelas pontas, como wingers. O time abusou de jogar pela direita no primeiro tempo com o lateral Opare e o meia Atsu, deixando a jogada manjada e tendo dificuldades nas conclusões.  Melhorou no segundo, variando mais para a esquerda com o lateral Asamoah e A. Ayew, conseguindo dominar praticamente toda a etapa final.

No jogo, os Estados Unidos conseguiram um gol relâmpago, fruto de um rápido tabelamento envolvendo Beasley, Jones e Dempsey, que recebeu na entrada da área, driblou o zagueiro Boye e concluiu para abrir o placar aos 29 segundos, tornando este o gol mais rápido da Copa de 2014 e o quinto de sempre. Gana atacava de forma desorganizada, porém teve mais posse de bola e volume ofensivo na primeira etapa, porém teve poucas conclusões a gol em virtude de apostar em lançamentos para Gyan, e em jogadas pela direita, onde os EUA conseguiam neutralizar. O time americano perderia Altidore e Besler por lesão, sendo que o segundo conseguiu ir até o fim do primeiro tempo, sendo substituído por Brooks.

Foto: @fifaworldcup_pt
No segundo tempo, Gana conseguiu variar o jogo, e com as alterações do treinador, Boateng, Essien e Adomah, conseguiram fazer uma pressão intensa na defesa dos Estados Unidos, que apresentavam cansaço físico e sequer conseguiam atacar. Graças ao segundo tempo volumoso, Gana chegou a 20 conclusões na partida e chegaram ao empate aos 37, quando Asamoah tabelou com A. Ayew, que concluiu para empatar. Até então, a permanência do jogador era questionada, tendo em vista sua baixa produção ofensiva, enquanto o treinador retirou Atsu, que estava bem na partida, para colocar Adomah. Outro questionamento foi a utilização de Asamoah na lateral esquerda, já que o atleta tem um passe refinado e poderia contribuir melhor no meio-campo.

Com o 1x1, os EUA entraram em um dilema. Forçar o ataque, mesmo fisicamente desgastado e correndo o risco de levar um contra-ataque de Gana, ou segurar o empate. Mas foi por pouco tempo, já que poucos minutos após o gol africano, o zagueiro Brooks marcaria de cabeça, após cobrança de escanteio, o gol da vitória americana, que naquela altura era injusta, tendo em vista o volume ofensivo de Gana e a quase nulidade ofensiva dos Estados Unidos na segunda etapa.


O time americano é promissor, porém as condições físicas dos jogadores deixam um ponto de interrogação para o futuro da campanha americana, já que o time fará longas viagens e jogará basicamente no calor. Já Gana deve se lamentar de ter caído em um grupo complicado, pois dificilmente conseguirá passar para a segunda fase.

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