Pela segunda rodada do Grupo A, o Brasil não saiu do empate em 0x0 contra o México no Castelão. Partida ruim da Seleção Brasileira, que apresentou problemas na transição do meio-campo para o ataque e dependeu de individualidades e do jogo aéreo para levar perigo para Ochoa, que saiu como o destaque da partida.
Sem Hulk, que não se recuperou de lesão, Felipão escalou Ramires, e fez um alteração importante na formação de jogo, adiantando Neymar para jogar próximo a Fred, em um 4-4-2, onde Oscar e Ramires jogavam como wingers pela esquerda e direita respectivamente. Teve como adversário o México de Miguel Herrera, que jogou no 5-3-2 contra Camarões, mas que contra o Brasil, adiantou Rafa Márquez para o meio campo, mas ficando atrás do trio de meio-campistas (4-1-3-2).
Desde o início da partida, o Brasil mostrou problemas para superar o sistema defensivo mexicano, com pouca criatividade e lentidão na intermediária ofensiva, que facilitava a retomada de bola pelo adversário. Para complicar, a saída de bola também estava ruim, principalmente com Paulinho, homem importante no esquema de Felipão, que errava bastante e permitia que os mexicanos dominassem o setor de meio-campo.
As principais jogadas do Brasil foram em cruzamentos, o primeiro de Daniel Alves para Neymar, que obrigou Ochoa a fazer uam grande defesa. Aos 43, foi a vez do craque brasileiro cruzar pra Thiago Silva desviar para Paulinho não conseguir desviar do goleiro, que fechou bem o ângulo.
O México arriscou pouco na primeira etapa, principalmente em chutes de longa distância. No segundo tempo, o time de Miguel Herrera teve uma sequencia de chutes da entrada da área, todos perto do gol. O time não tinha profundidade, muito em função da zaga brasileira, com David Luiz e Thiago Silva ganhando todas de Peralta. No meio da segunda etapa, Herrera trocou seus atacantes, entrando Chicharito Hernández e Raúl Jiménez nos lugares de Gio dos Santos e Peralta. Chicharito chegou a infernizar a defesa brasileira, arrancando um cartão amarelo de Thiago Silva, que na minha visão deveria ser vermelho, em função de o atacante avançar em velocidade em direção ao gol, e o zagueiro brasileiro ser o último homem.
Foto: @fifaworldcup_pt |
No lado Brasileiro, Felipão não foi muito conservador, trocando literalmente seis por meia dúzia. Na volta do intervalo, entrou Bernard no lugar de Ramires, e ao longo do segundo tempo Jô no lugar de Fred e Willian no lugar de Oscar. Oscar e Fred não foram bem, porém o pior do Brasil em campo foi Paulinho, e Felipão não retirou o jogador. Ao longo da segunda etapa, o Brasil teve momentos que conseguiu fazer uma blitz na defesa mexicana, e mais uma vez o goleiro Ochoa apareceu, evitando duas conclusões certeiras de Neymar e uma cabeceada a queima-roupa de Thiago Silva.
Com o resultado, o Brasil segue líder no Grupo A pelo saldo de gols, já que teve a ajuda do árbitro Yuichi Nishimura que viu pênalti em Fred em um momento decisivo da partida, enquanto que o México teve dois gols sonegados contra Camarões, em virtude da arbitragem de Wilmar Roldán Pérez ter assinalado dois impedimentos inexistentes. Nishimura pode, também, ter definido o classificado do Grupo, já que o México entrará em vantagem contra a Croácia na última rodada.
Felipão terá que rever o time brasileiro, em virtude de apostar em um homem de referência que não está bem, além de Paulinho não ter se encontrado desde a Copa das Confederações, quando se transferiu do Corinthians para a reserva do inglês Tottenham. Perdeu ritmo de jogo e confiança, e está comprometendo o meio-campo brasileiro. Oscar foi bem contra a Croácia, mas nos quatro jogos brasileiros (dois amistosos e os dois da Copa contra México e Croácia) foi mal em três. Se não melhorar o desempenho, o Brasil dependerá de outros Nishimuras para ir longe na Copa.
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