quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Prevaleceu a lógica na escolha em Felipão


Na manhã desta quinta-feira, Felipão foi oficialmente anunciado como novo treinador da Seleção Brasileira, cujo objetivo é conquistar o hexacampeonato na Copa de 2014, especial por ser sediada no Brasil.

Sinceramente não via outro nome que pudesse assumir de imediato a Seleção e que tivesse know-how para implementar um trabalho circunstancial e de pequeno prazo, já que não passa pela cabeça de dirigentes e do povo brasileiro uma reedição do Maracanaço. Contou a favor de Felipão a experiência de participação em dois mundiais, onde em 2002 no comando da própria Selção Brasileira conquistou o pentacampeonato mundial.

Experiência não corresponde necessariamente à coerência, pois o treinador não está em seus melhores momentos, e apesar de ter conquistado a Copa do Brasil com o fraco grupo palmeirense, Felipão também teve participação no rebaixamento do time alviverde para a Série B do Campeonato Brasileiro.

A escolha do seu nome foi mais em função da experiência e da resposta positiva dada pelo treinador na Copa de 2002, quando pegou o Brasil em condições semelhantes às de hoje, e conseguiu transformar um time que aparentemente iria para o Japão e Coréia de coadjuvante a protagonista, no último titulo mundial que o país conquistou até então.  Porém lá se vão dez anos, e de lá para cá, Felipão fez poucos bons trabalhos, o que paira uma dúvida quanto a capacidade do treinador em renovar-se para o futebol que mudou muito nesta década de hiato na Seleção Brasileira.

Além de dificuldades de aperfeiçoar e modernizar seus conceitos de futebol, Felipão não encontrará em seu grupo um Ronaldo, Rivaldo ou Roberto Carlos, porém ainda terá condições de apostar em Ronaldinho, Kaká e contar com o amadurecimento de Neymar, Oscar, Lucas, dentre outros. 

Sua estreia será em alto estilo, já que em 6/02/2013 o Brasil enfrenta a Inglaterra em Londres no estádio de Wembley, cidade onde Felipão já trabalhou, mas que não teve grande sucesso na sua breve passagem pelo Chelsea. Da estreia até a Copa das Confederações, serão seis jogos em quatro meses, o que o deixa na pressão por resultados. 

Para auxiliá-lo, Marin também anunciou a contratação de Carlos Alberto Parreira, treinador do tetracampeonato e com apagada passagem em 2006, que será o coordenador da Seleção no lugar de Andrés Sanchez, e que tentará formar uma dupla a altura do próprio Parreira com o multicampeão Zagallo.  

O momento não exigia apenas questões técnicas, onde Muricy, Tite ou até Guardiola levaria vantagem sobre Felipão, mas questões mais abrangentes como experiência e know-how em fazer um time praticamente na base do improviso. Porém para o próximo ciclo (pós-2014) investiria em um destes treinadores, principalmente no nome de Guardiola, que traria inovações mais contundentes aos olhares do futebol brasileiro, que taticamente parece ter ficado no tempo, em comparação ao futebol europeu.  

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