Esta quarta-feira ficará marcada pelo “Dia do Fico” de Neymar, dada através de uma entrevista coletiva do craque com o presidente santista Luis Álvaro de Oliveira, na qual foi anunciada a sua permanência no Santos até 2014, mediante um milionário contrato cujas cifras deverão atingir a casa dos R$ 3mi mensais, de forma que grande parte de seu salário seja bancada por “parceiros comerciais”, que teriam o direito de usufruir da imagem do atleta sem onerar financeiramente o clube.
Levando em conta os tempos atuais, onde a grana e o glamour do futebol europeu prosperam, a cartada do presidente santista foi ousada, com este podendo utilizar a sua vasta habilidade no ramo de negócios para viabilizar pela segunda vez a permanência do menino prodígio, escanteando os europeus que o assediavam, além de dar um tapa na cara dos tabloides espanhóis, que já estavam em contagem regressiva para a apresentação do atleta em Madrid ou em Barcelona.
No fim das contas, o projeto de permanência de Neymar é bom para quase todo mundo. Para o futebol do Santos, que terá a qualidade do melhor jogador em atividade nas Américas, enquanto o departamento financeiro e de marketing dão pulos de alegria com o impacto que sua permanência gerará, aumentando a exposição do clube em nível mundial, além de incrementar as receitas do clube. Será bom para o futebol brasileiro, que ganhará em exposição no exterior, além da Seleção Brasileira que terá um “ícone popstar” jogando no país.
Neymar também possibilitará às emissoras faturarem com a sua exposição, tanto em venda de jogos quanto em quotas comerciais, incrementando também a imagem comercial e receitas de seus parceiros, que o verão como âncora em diversas campanhas publicitárias.
A utilização de parcerias comerciais para viabilizar a permanência por mais tempo dos craques brasileiros é uma nova tendência do esporte no país, de forma que o futebol local fique cada vez mais fortalecido e importante no cenário internacional. Neste caso, os clubes não pagarão sozinhos a conta por demasiado esforço, que nesta conjetura pode ser classificada como uma “ousadia calculada”.
Os únicos que não deverão gostar do “Fico” de Neymar serão os torcedores dos outros clubes brasileiros, pois terão um craque com potencial de desiquilibrar jogos. Também poderá não ser tão bom para a carreira do craque, se este acabar perdendo a vontade de jogar no país, mesmo ganhando um salário de padrão europeu.
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