A notícia de hoje no país do futebol é a confirmação, por parte da CBF, de Andrés Sanchez como diretor de Seleções, ressuscitando o cargo, bem remunerado por sinal, e que não era utilizado desde o início da década de 90, e com a desculpa da Copa de 2014, tornará o atual presidente do Corinthians um mandatário da Seleção Brasileira.
O “presente” soa como um agradecimento de Ricardo Teixeira à Sanchez por todos os seus serviços prestados nestes últimos meses, na qual o dirigente corintiano encabeçou a corrente que acabou dissolvendo com o Koff e o Clube dos 13 que o próprio mandatário da CBF havia tentado sem sucesso com a figura de Kléber Leite, acabando com a união protetora dos clubes menores e atendendo diretamente os desejos da CBF de colocar o futebol brasileiro em suas mãos, além de negociar diretamente as quotas de TV com a Rede Globo, outra parceira da CBF.
A entrada de Andrés na CBF também significa o principio do processo de sucessão de Ricardo Teixeira, que o escolheu a dedo como o seu sucessor. Nenhuma surpresa, tamanha a afinidade entre os dois mandatários, que fez com que o Corinthians ganhasse uma arena nova com a ajuda do Governo, além de coloca-lo, junto ao Flamengo, em um patamar maior do que os outros clubes em importância política e econômica.
Bom para a CBF, ótimo para o Corinthians e na mesma linha positiva para a Rede Globo. Porém toda esta movimentação é preocupante ao futebol brasileiro, que vive uma euforia causada pela proximidade da Copa do Mundo em um cenário de fim de festa.
Os próximos acontecimentos poderão sepultar a competitividade do futebol brasileiro, tão comemorada por todos e usada como um trunfo em relação ao futebol europeu com seus dois ou três grandes clubes por país. Tudo se encaminha para um futebol brasileiro polarizado por corintianos e flamenguistas, atuais donos das maiores torcidas do país, mas que por uma incompetência organizacional e estrutural não conseguem se sobressair aos demais, necessitando de “grandes empurrões” para que haja esta superioridade financeira e nos resultados de campo.
Presentes aos dois maiores clubes do país tem sido comuns, enquanto os outros clubes ainda estão vivendo uma falsa euforia dos milhões a mais que entraram da TV, mas logo descobrirão que sobrou apenas a carcaça para dividirem ferozmente, enquanto o filé mignon ficará com Flamengo e Corinthians, parceiros da CBF e assim mandatários do futebol brasileiro.
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