Benfica e Manchester fizeram uma espécie de decisão, pois a tabela colocou as duas principais forças do Grupo C logo na primeira rodada da fase de grupos.
Escrevi o termo "espécie de decisão", pois esta foi efetivamente para o Benfica, que jogava em sua casa lotada, contra um desfocado Manchester, que terá o clássico inglês diante do Chelsea no próximo domingo, e que preferiu poupar jogadores como o goleiro De Gea, Chicharito e Nani, com Fergusson preferindo a experiência de Giggs no meio.
Mesmo com time misto, o Manchester era superior tecnicamente no papel, porém não fazia menção em colocar tal superioridade em prática, abusando em um futebol burocrático e sem objetividade, apesar de deter maior posse de bola do inicio ao fim do jogo.
O Benfica entrou na partida apenas aos 10 minutos da primeira etapa, quanto começou a tramar jogadas, principalmente oriundas da sua ofensiva esquerda com Gaitán, que levava constantemente vantagem no lateral direito Fabio, além de contar com a proteção de pivô de Cardozo, que era eficiente em abrir espaços para os arremates dos três meios portugueses.
Faltava o gol para justificar a superioridade, e este saiu aos 24 minutos, quando Gaitán lançou Cardozo, que dominou no peito, passou com facilidade pelo não mais do que esforçado zagueiro Evans, e chutou cruzado para abrir o placar. Sem a zaga titular formada por Ferdinand e Vidic, além da péssima partida de Fabio, o Manchester agradecia as poucas chegadas do Benfica, explicadas em virtude de um precavido esquema tático programado pelo seu treinador Jorge de Jesus.
Precavido, mas ineficiente, pois deu espaços para o veterano Giggs avançar pela intermediária e empatar a partida com um chute no ângulo direito de Artur aos 42 da primeira etapa, no que talvez fosse um dos únicos lances lúcidos da equipe inglesa em todo o jogo, vindo a penalizar o Benfica, que não fazia uma grande partida, porém era o único que buscava o ataque.
Os treinadores resolveram abrir as suas equipes ao longo da segunda etapa, com Chicharito entrando no Manchester enquanto Nolito entrou no Benfica. O jogo ficou aberto, com Giggs tendo a melhor chance inglesa na segunda etapa, obrigando Artur a trabalhar. Porém o Benfica tomou conta do jogo, sobretudo em jogadas com Gaitán e Nolito, só não conseguindo a vitória diante da boa performance do goleiro Lindegaard, que fechou o gol e fez pelo menos umas quatro grandes defesas.
Empate com gosto amargo aos portugueses, que jogaram melhor e procuraram a vitória do inicio ao fim, porém do outro lado está um Manchester, considerado por muitos como o mais sortudo, capaz de mudar uma partida em um lapso de lucidez, o que a torna eficaz e competitiva. Caminho aberto para o primeiro lugar, já que o jogo desta noite foi o mais complicado da esquadra red devil.
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