Neste último domingo, 15 de maio, finalmente encerrou-se a pré-temporada do futebol brasileiro, datada pelos estaduais.
Ao longo de suas 23 longínquas datas, pudemos presenciar muitas lesões, erros de avaliação de algumas diretorias, desigualdade do número jogos entre equipes, onde umas, como o Santos, acabaram sofrendo com o excesso de jogos, enquanto outras, como o Botafogo, acabaram ficando um mês sem jogar, devido a ter sido eliminado do Carioca e da Copa do Brasil precocemente.
Os Estaduais não permitem que haja uma melhor avaliação, a nível interestadual, sobre quais são as melhores equipes na temporada e o quão forte cada uma entrará na principal competição nacional.
Sobre a qualidade das equipes, a condição de melhor equipe do país recai no Santos, pelas individualidades, titulo paulista e campanha na Libertadores. Porém não há como mensurar como estão as outras equipes, pois até as que já foram eliminadas da competição continental, enfrentaram adversidades em seus estados.
O que pôde ser visto via Copa do Brasil é o nivelamento dos grandes clubes com os de menor expressão, projetando um Campeonato Brasileiro equilibrado, porém nivelado por baixo. Hoje é dia 18 de maio, e pode-se dizer que a temporada começará para todos os clubes da Série A no próximo sábado, junto com a abertura do Campeonato Brasileiro.
Eu sou da ala radical, que se pudesse, erradicaria hoje mesmo os Estaduais, transformando-os em campeonatos de acesso para a Série D, que é atualmente a última divisão nacional. Respeito, mas não vejo fundamento no argumento das rivalidades estaduais para manter um campeonato estadual.
Na realidade, são os clubes que fazem o campeonato, e não ao contrario. Os grandes clubes acabam servindo para que as federações estaduais mantenham-se fortes e atraindo mais e mais receitas para elas. Na prática se vê um campeonato de 4 meses para presenciar uma final esperada, que poderia ser então disputada em uma aposta de pré-temporada, ou um torneio preparatório no caso dos estados que possuem mais de dois grandes clubes.
Os Estaduais, além de engordarem financeiramente as federações e lhes dar um grande prestigio, acabam afunilando o calendário brasileiro, deixando-o com vários jogos e criando um vácuo para algumas equipes, que não tiveram um bom inicio. Preferiria esticar o Brasileirão para todo o ano, com a Copa do Brasil e Libertadores intercaladas em dias de semana, e ainda sobrando datas para jogos pela Europa, como processo de internacionalização das equipes brasileiras.
Ainda tenho esperança que isso mude, porém é necessário a vontade de todos (opinião pública, clubes e torcida) para que tenhamos um calendário mais racionalizado e moderno.
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