quarta-feira, 7 de abril de 2010

Análise: Clube dos 13: O velho e bom ou o novo e duvidoso?

No próximo dia 12 de Abril, o Clube dos 13 terá uma nova eleição para a definição do seu próximo presidente. Fábio Koff concorrerá ao seu sexto mandato como autoridade máxima na instituição que cuida dos interesses comerciais dos principais clubes brasileiros. Seu oponente é Kléber Leite, ex-presidente do Flamengo.

Com a continuidade de Koff, o modelo da instituição não deverá sofrer grandes alterações, tendo como principal função a negociação dos direitos de transmissão com a TV Globo. A forma como esta negociação é feita, e principalmente como os recursos são divididos entre os clubes, que geram descontentamentos entre os clubes, que querem a cabeça de Koff.

Kléber Leite pode ser considerado um discípulo de Ricardo Teixeira. Tem ideias inovadoras para o futebol brasileiro, como o descredenciamento da organização do Brasileiro da CBF e sua realização organizada pelo Clube dos 13, que seria uma liga independente nos moldes da Liga Espanhola, do Cálcio e da Premier League. A ideia não deixa de ser genial, pois permitirá transformar o campeonato brasileiro é um espetáculo. Porém os clubes dos grandes centros, que dão audiência e aparecerão constantemente na TV deverão ratear uma fatia bem mais gorda, sobrando migalhas para as outras equipes, causando uma discrepância econômica jamais vista na história do futebol brasileiro.

Ao que tudo indica Koff será reeleito, pois conta com a simpatia do maior número de clubes votantes, dentre eles a dupla Grenal, São Paulo, Flamengo, palmeiras, Fluminense dentre outros. Há a ala dos descontentes com a forma com que os negócios são realizados pelo Clube dos 13 atualmente, apoiando a candidatura de Kléber Leite, encabeçados por Corinthians, Vasco, Cruzeiro e Botafogo.

Os clubes sabem que no geral, Koff faz o que pode para manter a igualdade e competitividade do futebol brasileiro. A dupla Grenal agradece, pois em outras mãos, seria praticamente dizimada financeiramente e politicamente. Por outro lado, há o medo geral de entregar o futebol brasileiro nas mãos de meia dúzia de clubes, que iriam gerir conforme fossem seus interesses, podendo dar um fim trágico ao nosso futebol.

Mesmo sendo colorado, torço para a permanência de Koff no comando do Clube dos 13. Tirando rivalidades à parte, Koff faz um grande trabalho e preserva o interesse da dupla Grenal, assim como os dos clubes que não estão aparecendo sempre na TV, nacionalmente falando. Ao que tudo indica a saída será fatalmente a criação de uma liga independente, que gerenciasse os interesses do campeonato brasileiro. Porém isso terá que ser bem estudado, pois poderá trazer consequências boas ou ruins para o futuro de nosso futebol.

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