terça-feira, 23 de março de 2010

Clássico ingles Manchester United e Liverpool no Analisador Tático

E o Analisador Tático volta à cena. Depois de analisar Barcelona, Chelsea e Internazionale agora é a vez de demonstrar como Manchester United e Liverpool se comportaram no grande clássico do último domingo, quando os “red devils” venceram os “reds” de virada por 2x1. Não foi um grande jogo, e isto pode ser explicado taticamente.

Para o confronto do Old Trafford, tanto Rafa Benitez quanto Sir Alex Fergusson usaram suas formações características, com três meias e apenas um atacante. Com cinco jogadores de cada lado, o meio-campo acabou sendo congestionado, facilitando a marcação e explicando as poucas chances criadas.

Pelo lado do Manchester, Fergusson optou por Gary Neville na lateral direita, porém o jogador não tem características ofensivas, funcionando basicamente como um terceiro zagueiro. Pela esquerda, Evra ganhava maior liberdade para atacar, formando uma dupla com Nani. Já na direita, Valencia precisava da chegada de Park e Rooney para tramar alguma jogada, ou abusar da individualidade, que acabou arrancando um pênalti a favor dos “red devils”. Rooney procurava ficar mais posicionado, porém abria espaço para a projeção de Park, que recebeu várias chances para finalizar dentro da área, porém pecando nas finalizações. A dupla de volantes joga basicamente na mesma linha, com Fletcher podendo avançar, enquanto Carrick guardava posição.

Já o Liverpool jogou com a mesma formatação que vinha jogando nos últimos jogos. Rafa Benitez acabou trocando Aquilani por Lucas, pelo fato do jogador brasileiro manter mais posição ao contrario do italiano, que costuma avançar ao ataque. Com dois volantes posicionados, Glen Johnson e Insuá tinham a possibilidade de atacar, porém pouco fizeram, devido ao trabalho defensivo de conter os wingers do Manchester. As principais jogadas ofensivas eram com Kuyt pela direita e Maxi Rodriguez pela esquerda. Ambos dependiam da aproximação de Gerrad, que ao contrário de seu jogo habitual de cair pelas pontas, ficou mais centralizado e projetava-se ao ataque. A equipe jogava basicamente nos contra-ataques com a participação ativa de Fernando Torres, que acabou marcando de cabeça o gol dos vermelhos de Liverpool.

Foi um jogo decidido no detalhe, onde prevaleceu a tática de Fergusson com a habilidade de seus comandados, variando jogadas e troca de posições. Vitória importante do Manchester, que lhe colocou na liderança real da Premier League e com grandes chances de conseguir o tetracampeonato e a supremacia na Inglaterra, com 19 títulos.

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