Devido a outros compromissos, não pude ver o jogo do São Paulo desta quinta-feira. Eventualmente, comento com base nos melhores momentos, porém nem isto consegui fazer nesta noite, então não comentarei especialmente sobre o jogo, e sim de forma geral, explicações para as grandes dificuldades enfrentadas pelos brasileiros até agora, assim como nos últimos anos.
A cada jogo e resultado, fica claro que os brasileiros estão enfrentando dificuldades inesperadas para a maioria dos torcedores e cronistas, porém previsível para quem acompanha o futebol sul-americano. É fato que a maioria das equipes latinas, com exceção de Vélez e Estudiantes são mais fracas que as brasileiras, sendo que algumas pelo histórico internacional conseguem fazer frente aos brasileiros por ter a “manha” do torneio.
Enquanto os clubes brasileiros, em média, têm 10 participações (uns mais, outros menos) na competição, há equipes que participam praticamente todos os anos, sabendo os atalhos para complicar os adversários, apesar de serem fracas tecnicamente em sua grande maioria, não tendo chances de levantar o caneco. As deficiências técnicas implicam no fato da grande maioria das equipes latinas priorizarem o sistema defensivo, oferecendo o famoso retrancão e causando grandes dificuldades aos brasileiros, que em sua maioria, tem um futebol mais ofensivo e mais pobre taticamente, dependendo da técnica, que está cada vez mais escassa. Estas equipes têm catimba e malandragem, que irritam os brasileiros e acabam causando muitas expulsões para nossas equipes.
Grande parte desta “irritação” dos jogadores brasileiros deve-se ao conceito de arbitragem ser totalmente diferente do Brasil em relação aos outros países que jogam a competição. Enquanto no Brasil, qualquer choque que ocasione uma queda do jogador adversário já é motivo para parar o jogo, enquanto que nos outros países a jogada segue. Por isso, os árbitros latinos não costumam marcar faltas em lances que os brasileiros se atiram, ocasionando muitos contra-ataques, e como consequência gols.
Porém o fato de não marcar falta em qualquer lance não corresponde ao fato de agressão deliberada, onde qualquer árbitro em qualquer lugar do mundo dá o cartão vermelho. O árbitro latino se espelha no europeu, tendo noção se uma jogada forte foi intencional ou culposa, coisa que ainda falta na arbitragem brasileira. Outro tipo de lance é o habito brasileiro de cavar faltas, fato que engana um ou outro árbitro, porém a maioria coíbe esse tipo de lance, deixando o jogo seguir. Deve-se a isto o fato dos brasileiros demorarem algumas temporadas até se encaixarem nos times europeus, isto quando não necessitam voltar ao Brasil.
O post serviu para demonstrar que a grande maioria dos jogadores brasileiros ainda não sabem jogar a Libertadores. Creio que todos os 5 brasileiros passarão para a segunda fase, a menos que aconteça algum desastre, porém terão que suar muito e ter muita raça para levantar o caneco, fato que não acontece desde 2006.
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