sábado, 14 de novembro de 2009

Brasil vence Inglaterra no amistoso em Doha

Em um sábado de data FIFA, reservado para a repescagem das seleções que buscam as últimas vagas para a Copa 2010 ou para amistosos, Brasil e Inglaterra se enfrentaram no lindo Khalifa International Stadium, em Doha. E Nilmar fez a diferença, fez de cabeça o gol da vitória e ainda sofreu um pênalti na qual Luís Fabiano desperdiçou.

O primeiro tempo começou muito disputado, com a Inglaterra mostrando o seu tradicional vigor físico e complicando o jogo do Brasil. A seleção foi montada pelo técnico italiano Fabio Capello no tradicional 4-4-2 britânico. O esquema com 2 linhas de quatro complicou as ações ofensivas do Brasil, que conseguiu chegar com perigo somente aos 22 minutos, quando Michel Bastos recebeu pela esquerda na entrada da área e chutou cruzado. A Inglaterra não deixava o Brasil jogar, porém pouco atacava. A equipe inglesa abusava nos lançamentos para a área, não sendo nada eficaz. No final da primeira etapa, o Brasil começou achar espaços e a pressionar a Inglaterra, principalmente com o trio Nilmar, Luís Fabiano e Kaká. Com jogadas rápidas de ataque, os jogadores passaram a envolver os defensores ingleses, porém chutaram muito pouco a gol, não dando trabalho para Foster.

O Brasil voltou com tudo no segundo tempo, e logo no primeiro minuto abriu o placar. Elano cruzou na intermediária e Nilmar, na entrada da área, desviou de cabeça do goleiro Foster. O gol deu ânimo ao Brasil, que começou a tocar a bola envolvendo os ingleses e chegando com perigo. Aos 8, Elano bateu fechado na ponta direita praticamente sem ângulo, exigindo uma bela defesa do goleiro inglês. Aos 10 minutos, em uma bola mal atrasada por Brown para o goleiro Foster, Nilmar se antecipou e foi derrubado pelo goleiro inglês. Luís Fabiano cobrou displicentemente o pênalti, chutando por cima do gol de Foster. O Brasil seguia melhor, dominando a partida e desperdiçando chances. Perdidos, os ingleses pouco ameaçavam o gol de Júlio César, obrigando Capello a deixar a equipe mais ofensiva com as entradas de Defoe e Crouch. A Inglaterra começou então a atacar mais o Brasil, abrindo espaços para os contra-ataques brasileiros. A equipe inglesa não teve grandes chances de ataque, enquanto o Brasil ainda colocou uma bola na trave com o zagueiro Lúcio, que avançou pela intermediária e chutou forte, acertando a trave direita de Foster. Dunga mudou o Brasil, com as entradas de Hulk, Carlos Eduardo e Júlio Baptista. A seleção brasileira tratou-se de se defender e manter o resultado, aguardando o apito final do árbitro Abdul Abdulrahman.

O jogo serviu apenas para se ter uma análise em relação ao esquema 4-4-2 tradicional, usado ainda por várias seleções européias e que o Brasil fatalmente acabara enfrentando na Copa, bem como a estréia de jogadores como Michel Bastos, Carlos Eduardo e Hulk. A Inglaterra não teve seus principais jogadores, com exceção de Rooney, e carece de uma melhor avaliação quanto a sua real condição para a Copa. Já o Brasil, consolida o trio Kaká, Luís Fabiano e Nilmar. A não ser que Robinho compareça com seu futebol visto principalmente no Santos, onde desequilibrava jogo pós jogo, será uma injustiça tirar Nilmar do ataque, pois o atacante teve a sua chance, aproveitou muito bem fazendo vários gols e com boas atuações.

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