domingo, 4 de outubro de 2009

Inter joga somente para não perder e é punido pela bola

Internacional e Coritiba se enfrentaram neste domingo no Couto Pereira. O Internacional foi até Curitiba apenas em corpo presente, pois esqueceu o futebol em algum lugar que ninguém tem idéia de onde se encontra. Usando apenas a tática de se defender e de não deixar o adversário jogar, o colorado viu o Coxa fazer 2 gols e ficar estacionado nos 44 pontos, agora fora do G4.

O primeiro tempo começou bastante pegado, e com forte marcação entre as equipes. Quem chegou com perigo primeiro foi o Coritiba com Rodrigo Heffner avançando pela direita, limpando o marcador e chutando com perigo. Porém aos poucos o Inter começava a dominar a posse de bola, porém não fazia nada com ela, apenas se restringindo a tocar passes no meio-campo sem grande objetividade. A única chance colorada na primeira etapa foi aos 18 minutos, quando em uma cobrança de escanteio, Índio desviou de cabeça e Fabiano Eller perdeu um gol feito na frente de Édson Bastos. O Coritiba que não estava se encontrando em campo começou a crescer na partida, chegando mais ao ataque. O Coxa não teve grandes chances, e a única chance com maior perigo foi com Pereira, que desviou dentro da pequena área a bola perto do gol de Lauro depois de uma cobrança rasteira de Marcelinho Paraíba.

Já no segundo tempo o Coritiba voltou mais perigoso e disposto à vencer. Logo no início, Marcelinho Paraíba já fez Lauro trabalhar. O Coxa tinha o predomínio absoluto da posse de bola, enquanto o Inter tratava-se apenas em se defender. A equipe paranaense não conseguia furar a defesa do colorado, que era o único setor que parecia funcionar do time gaúcho. O Inter raramente ia ao ataque, e em suas poucas oportunidades não se transformavam em chances de gol. Tite tentou mudar o time com a entrada de Edu no lugar de Taison. Logo em seu primeiro lance, Edu sofreu uma falta na risca da grande área que Andrezinho cobrou na barreira, gerando um contra-ataque do Coxa que quase resultou em gol. O Inter visivelmente montou um esquema para não perder, se concentrando na defesa, e tendo em Maycon a função de simplesmente defender e não deixar Marcelinho Paraíba jogar. O Coritiba começava a atacar com mais perigo, e aos 27 minutos quase marcou seu gol, com Marcos Aurélio livre de marcação cruzando para dentro da pequena área, e a bola passando por vários jogadores.

Por não querer jogar, e se restringindo apenas em tentar não deixar o Coritiba jogar, o Inter acabou sendo punido pela bola aos 30 minutos, quando Rômulo, que havia entrado no segundo tempo, ganhou da defesa colorada e livre cruzou a bola para dentro da área. A bola passou por todos os defensores do Inter e os atacantes do Coxa menos por Marcos Aurélio, que livre chutou para o gol. O gol desestruturou completamente o Inter, que via a sua tática ruir e não sabia o que fazer em campo. Tite colocou D'Alessandro e Danilo nos lugares de Guiñazu e Bolívar. A tática trouxe um efeito reverso, pois o meia argentino em nada acrescentou enquanto a saída do seu compatriota causou um grande rombo no setor, dando espaços para o Coxa dominar completamente o colorado e para trabalhar na área do Inter. Aos 43 minutos em uma jogada displicente, Índio perde a bola para Rômulo que cruza para Marcos Aurélio perder o gol frente a frente ao goleiro Lauro. O Inter ruiu defensivamente, e o Coritiba achou espaços para fazer seu segundo gol aos 44 minutos com Thiago Gentil batendo cruzado sem chances pra Lauro. O Coxa ainda seguiu pressionando nos acréscimos e perdeu chances de ampliar, enquanto o Inter teve a sua única chance clara de gol no segundo tempo, quando Fabiano Eller, lívre, fura na bola, não conseguindo descontar e encerrando com chave de ouro a noite trágica do Inter.

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