segunda-feira, 29 de abril de 2013

Milionário Grêmio sucumbe e Luxemburgo tem cabeça a prêmio


O projeto Grêmio 2013 ruma ao fracasso. O primeiro sinal da sucumbência foi a precoce eliminação no Campeonato Gaúcho contra o Juventude nos pênaltis, repetindo uma sequencia de atuações burocráticas que faz com que o time não consiga demonstrar em campo a superioridade técnica contra adversários, em grande parte, muito inferiores.

O treinador Vanderlei Luxemburgo ganhou um milionário elenco para tentar tirar o time gremista de uma seca de títulos importantes, que perdura desde a Copa do Brasil de 2001. Nomes como Dida, Cris, André Santos, Adriano, Vargas, Welliton e Barcos vieram a peso de ouro, sendo muitos destes indicados pelo próprio comandante, onerando demasiadamente a folha salarial do clube. 

Estes nomes, somados com o retorno do presidente multicampeão Fábio Koff e o fator “casa nova”, proporcionado pela primeira temporada na Arena, inflamaram o torcedor gremista, que passou a sonhar alto com o retorno de títulos importantes, e que até chegou a sair do papel com a estupenda atuação do tricolor gaúcho contra o Fluminense no Rio de Janeiro pela segunda rodada da fase de grupos da Libertadores.

Com exceção a poucos jogos no início da temporada, Luxemburgo não conseguiu dar forma ao time, e sequer consegue dar indícios de soluções que possibilitem um acréscimo ao futebol apresentado pelo Grêmio. O tricolor se classificou para a fase eliminatória da Libertadores no limite, e poderia ter sido eliminado do Gaúchão na própria Arena contra o São Luiz, quando empatou no tempo normal e conseguiu se classificar somente nas cobranças de pênaltis.

O time gremista não passa de um emaranhado de jogadores, dependentes de lances individuais para conseguir alguma coisa nas partidas. Soma-se a isso a morosidade do time, que apesar de técnico, não mostra qualquer poder de indignação e aguerrimento, ingredientes importantes no glorioso passado de títulos gremista.

O confronto das oitavas-de-final da Libertadores contra o Independiente de Santa Fé poderá ser o divisor de águas do Grêmio na temporada. Um fracasso não só simbolizará o fim da permanência de Luxemburgo no comando técnico, como o fim do projeto do clube para este ano e a entrada de um futuro nebuloso cheio de contas para pagar.